28 June 2015

A ICONOGRAFIA DE ALGUÉM QUE FOI CAINDO

Talles Colatino



“Caindo, caindo, caindo. A queda não terminaria nunca?”. A dúvida do narrador de Alice no País das Maravilhas, ainda nas primeiras páginas da obra-prima do britânico Lewis Carroll, é compartilhada pela própria protagonista e por sua legião de fãs há 150 anos. Mesmo quando se deparou com o País das Maravilhas e dele despertou, a queda de Alice pela toca do Coelho Branco se inunda até hoje de transmutações diversas para seus seguidores. Afinal, é justamente ali, quando, por um descuido, a menina mergulha no seu próprio inconsciente: distorcido, disfuncional, incômodo. Uma travessia mapeada por encontros com criaturas loucas que gera fascínio, curiosidade, ânsia. Caindo, caindo, caindo. Colocado assim, parece até proporcional, mas nada aqui é meramente matemático ou pertence a joguetes de linguagem: Alice é, antes de tudo, um labirinto de projeções."

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Fonte: Pernambuco - Suplemento Cultural do Diário Oficial do Estado.