The concept of Zoomp’s brand name winter ‘97 fashion collection was based on Alice. The inspiration of the clothes is subtle. Pointing out the concept and the catalogue, a conceptual production in which each artist does their own personal interpretation of the story in text and image that create words, pictures, collages, colors, objects.
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ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS
Vários artistas
Catálogo conceitual da coleção da Zoomp – inverno de 97.
Formato: 29 x 31 cm. 85 pág.
Fotos, desenhos, poemas e colagens.
"Seja o que você gostaria de parecer ser ou, se quiser, dito de forma mais simples: Nunca imagine que não ser diferente daquilo que você fosse ou poderia ter sido, não seja diferente daquli que você tendo sido poderia ter parecido a eles ser de outro modo".
Alice no País das Maravilhas
“Lewis Carroll nos deu a oportunidade de repensar nossos paradoxos num momento de transição para o desconhecido, especialmente fértil de possibilidades. Como traduzir esse universo mítico e simbólico numa coleção de moda? Esse foi sempre o nosso desafio.”
Renato Kherlakian | Catálogo da ZOOMP.
“Nunca imagine que não ser diferente daquilo que poderia parecer aos outros que você fosse ou poderia ter sido, não seja diferente daquilo que você tendo sido poderia ter parecido a eles ser de outro modo.”
“Nunca imagine que não ser diferente daquilo que poderia parecer aos outros que você fosse ou poderia ter sido, não seja diferente daquilo que você tendo sido poderia ter parecido a eles ser de outro modo.”
Alice no país dasMaravilhas
O conceito da coleção de moda da grife Zoomp no inverno 97, foi baseado em Alice no País das maravilhas. A inspiração nas roupas é sutil, mais no espírito do que na figuração. Isso se verifica principalmente nas roupas femininas “ingenualices” sensuais, no corte geométrico de ternos e blaisers com ênfases caricaturais nos ombros e nas proporções, nas estampas de naipes – vermelho, preto e verde como os jardins da Rainha de Copas.
Só que não é nas roupas que o trabalho da Zoomp é tão interessante, destacando-se por outro lado as duas publicações da grife: o catálogo da coleção e o catálogo conceitual. O primeiro busca ambientar as roupas em clima de sonho, com referencias a cenas de Alice, sobreposições de ilustrações de Tenniel, reflexos no espelho, saltos no improvável, o poder da sedução, a ingenuidade de Alice, provocante, sonhadora, ousada. Destaca-se nesse sentido a pesquisa e o projeto de Direção de Arte de rico Lins, um dos artistas gráficos mais singulares em nosso Design, que, inclusive, já ilustrou a própria Alice.
O catálogo conceitual é uma delícia. Na escolha dos papéis, na qualidade da impressão, nas transparências e sobreposições, na viagem. Reúne trabalhos de 19 artistas, entre poetas, artistas plásticos, cenógrafos e atores.
Lá estão Wally Salomão, Caetano de Almeida, Paulo Leminsky, Nan Goldin, Arnaldo Antunes, Guto Lacaz, Augusto de Campos, Daniela Thomas, Bete Coelho, Patrício Bisso, Ana Cristina Cesar, Dora Longo Bahia, Fernando Laszlo, Edgar de Souza, Cabelo, Vic Meirelles, Lenora de Barros e Antônio Cícero. É uma publicação conceitual sobre Alice, em que cada artista faz sua interpretação pessoal em texto e imagem. Palavras, fotos, colagens, cores, objetos.
Não se entra no país das Maravilhas pois ele fica do lado de fora, não do lado de dentro. Se há saídas que dão nele, estão certamente à orla iridescente do meu pensamento, jamais no centro oco do meu eu...
Arquivo pessoal de Bete Coelho.
CATÁLOGO DA COLEÇÃO DA ZOOMP – INVERNO DE 97.
Catálogo conceitual. Formato: 29 x 31 cm, 85 p. Fotos, desenhos, poemas e montagens.
Direção de Arte: Rico Lins; vários artistas.
O conceito da coleção de moda da grife Zoomp no inverno 97, foi baseado em Alice no País das maravilhas. A inspiração nas roupas é sutil, mais no espírito do que na figuração. Isso se verifica principalmente nas roupas femininas “ingenualices” sensuais, no corte geométrico de ternos e blaisers com ênfases caricaturais nos ombros e nas proporções, nas estampas de naipes – vermelho, preto e verde como os jardins da Rainha de Copas.
Só que não é nas roupas que o trabalho da Zoomp é tão interessante, destacando-se por outro lado as duas publicações da grife: o catálogo da coleção e o catálogo conceitual. O primeiro busca ambientar as roupas em clima de sonho, com referencias a cenas de Alice, sobreposições de ilustrações de Tenniel, reflexos no espelho, saltos no improvável, o poder da sedução, a ingenuidade de Alice, provocante, sonhadora, ousada. Destaca-se nesse sentido a pesquisa e o projeto de Direção de Arte de rico Lins, um dos artistas gráficos mais singulares em nosso Design, que, inclusive, já ilustrou a própria Alice.
Ilustração de Rico Lins.
(Não está presente no catálogo. Parte integrante do livro:
Alice au Pays des merveilles, La Farandole, 1982.)
O catálogo conceitual é uma delícia. Na escolha dos papéis, na qualidade da impressão, nas transparências e sobreposições, na viagem. Reúne trabalhos de 19 artistas, entre poetas, artistas plásticos, cenógrafos e atores.
Coelho de Guto Lacaz.
Lá estão Wally Salomão, Caetano de Almeida, Paulo Leminsky, Nan Goldin, Arnaldo Antunes, Guto Lacaz, Augusto de Campos, Daniela Thomas, Bete Coelho, Patrício Bisso, Ana Cristina Cesar, Dora Longo Bahia, Fernando Laszlo, Edgar de Souza, Cabelo, Vic Meirelles, Lenora de Barros e Antônio Cícero. É uma publicação conceitual sobre Alice, em que cada artista faz sua interpretação pessoal em texto e imagem. Palavras, fotos, colagens, cores, objetos.
Não se entra no país das Maravilhas pois ele fica do lado de fora, não do lado de dentro. Se há saídas que dão nele, estão certamente à orla iridescente do meu pensamento, jamais no centro oco do meu eu...
Antonio Cícero
Uma toca no chão; Alice cai. Alice ao contrario, sobreposta. Poesia. Desloucamentos, superfícies, ela então corre num jardim de flores vermelhas esvanescentes. Foto de infância: “Eu de Alice!” Mas que graça! Reflexos no espelho, poesia concreta, a Rainha gozoza. Fundo preto, cartas do baralho, ternos impecáveis, o coelho no espelho. Doublets de Carroll. Espelhos labirínticos onde jogam-se cartas. Alice toma chá sobre a própria imagem tomando chá. Tenniel. O gato, o chapeleiro, o coelho, as flores falam. Referencias e sutis citações. Ela cresce. O gatos com rosas vermelhas. A lagarta, flores, brancas! Os soldados da Rainha. Tiriri pra cá, tiriri pra lá. Alice estilhaçada. Mas que lindo jardim! Alice dentro da xícara de chá. O que é dentro e o que é fora? Sutileza. No final ela corre até a árvore. Se a moda passa, ali se fica.
“O que nos moveu desde o início foi a certeza de que é preciso um novo olhar, um dizer de outro jeito. O que buscamos foi criar um espaço onde diversos olhares pudessem se encontrar, mixar e multiplicar tendo como denominador comum o universo de Alice. Imaginamos que se esse projeto pudesse preencher a idéia de criatividade, experimentação e emoção, já teria valido a pena...”
Desenho de Cabelo.
Uma toca no chão; Alice cai. Alice ao contrario, sobreposta. Poesia. Desloucamentos, superfícies, ela então corre num jardim de flores vermelhas esvanescentes. Foto de infância: “Eu de Alice!” Mas que graça! Reflexos no espelho, poesia concreta, a Rainha gozoza. Fundo preto, cartas do baralho, ternos impecáveis, o coelho no espelho. Doublets de Carroll. Espelhos labirínticos onde jogam-se cartas. Alice toma chá sobre a própria imagem tomando chá. Tenniel. O gato, o chapeleiro, o coelho, as flores falam. Referencias e sutis citações. Ela cresce. O gatos com rosas vermelhas. A lagarta, flores, brancas! Os soldados da Rainha. Tiriri pra cá, tiriri pra lá. Alice estilhaçada. Mas que lindo jardim! Alice dentro da xícara de chá. O que é dentro e o que é fora? Sutileza. No final ela corre até a árvore. Se a moda passa, ali se fica.
Fotografia de Vick Meirelles
“O que nos moveu desde o início foi a certeza de que é preciso um novo olhar, um dizer de outro jeito. O que buscamos foi criar um espaço onde diversos olhares pudessem se encontrar, mixar e multiplicar tendo como denominador comum o universo de Alice. Imaginamos que se esse projeto pudesse preencher a idéia de criatividade, experimentação e emoção, já teria valido a pena...”
Renato Kherlakian