1 September 2009

Ilustrações de Lila Figueiredo


Lila Figueiredo

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS 
E ALICE NO PAÍS DO ESPELHO
Tradução e adaptação de Monteiro Lobato.
Ilustrações de Lila Figueiredo
São Paulo: Editora Abril Cultural, 1972. (2a edição)
Formato: 16 x 22 cm. 176 pág.
11 ilustrações para A.M. e 9 para A.E. Bico de pena, P B. Capa, cor.


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Lila Figueiredo



Lila Figueiredo


As ilustrações de Lila Figueiredo são oníricas e poéticas. 
Ainda na década de 70 Lila fez muita diferença em relação ao lugar comum das diversas ilustrações de Alice que conhecemos. As figuras vão além dos seus aspectos narrativos e descritivos da estória, respirando nas entrelinhas do texto. Suas Alices acolhem  o desafio da viagem e a vertigem de um sonho louco.




Lila Figueiredo


Destaca-se nesse trabalho a composição espacial de muitas cenas que não se passam numa geometria euclidiana. Alice, ao contrário, transita num lugar de sonho, um mundo mágico e onírico que se curva e se desdobra em sobreposições e linhas de movimento, na cartografia e no fluxo dos acontecimentos. Um lugar distante do bom senso e do senso comum. Em muitos momentos consegue expressar com singularidade o caráter paradoxal do espaço-tempo que atravessa a terra das maravilhas, nas profundidades subterrâneas e nas superfícies do espelho.


"Tudo que possuímos de poético e de absurdo se apresenta nas aventuras de Alice. Ao se lançar na toca do coelho a menina passa a habitar um país diferente do conhecido, como aquele que experimentamos quando fechamos os olhos, disse Cecília Meirelles. “Encantadora e excepcional, a narrativa a cada instante foge do plano da realidade e oniricamente se move, alada e sensível, num mundo que a imaginação borda com todos os seus caprichos”. Adriana Peliano


Lila Figueiredo



"Segui pela estrada de tijolos amarelos do mágico de Oz e adentrei um estranho labirinto aonde se perde e aonde se encontra essa menina errante, plurilíngua, do livro infantil para o livro de imagens poéticas, metaflora em casulo, borboletra alicenógena, proliflora desejos. Vislumbro o rio de estranhas geometrias aonde Ali se atravessa espelhos paradoxais, Lúcia no céu com diamantes. Num sonho de Escher voam geometrias impossíveis, enigmágicas. Menina caleidoscópio, jogo de reflexos múltiplos e simultâneos, fragmentos que cruzam mitologias, que atravessam fronteiras no espaço-tempo numa metamorfose sem fim. Alice nos mostra as múltiplas possibilidades de se ler e se recriar num livro. Alice extravasa as bordas do livro e vai viver novas aventuras entre múltiplas redes, teias e constelações."
Adriana Peliano